Saudações:

Em homenagem e reverência profunda à minha Mestra de Ordenação e Treinamento, Venerável Shingetsu Coen Osho.
Que seu Corpo-Dharma, seja como um diamante inquebrantável.
Que tenha próspera longevidade e saúde ilimitada.
Que nenhum mal a atinja.
Que todos os seus esforços sejam recompensados.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Parte 14.

“Se perseguido por bestas ferozes, presas aguçadas e garras apavorantes, pensar no poder de Kannon, instantaneamente ao som de sua voz, eles fogem”.
“Trovões e raios, tempestades e furacões, pensar no poder de Kannon, todos se dispersam”.

O sutra é todo escrito em metáforas, em símbolos. Se entendemos essas metáforas e as utilizamos em nosso dia-a-dia, em nossa experiência cotidiana, perceberemos a profundidade e sutileza do sutra.

Os animais, as bestas ferozes representam os desejos animalescos que surgem e dominam nossa mente. Passamos nossas vidas correndo atrás dos desejos de fama, fortuna, diversão, poder, sexo etc. Somos um poço sem fundo de egoísmo, distantes do objetivo de nossas existências que é manifestar a Natureza Budha em todo o seu esplendor. A maior parte dos seres humanos vive como animais, impulsionado por desejos os mais primitivos.

Quando fazemos zazen, a luz da verdadeira natureza Budha, nos inunda e voltamos a nos converter em seres humanos em toda a sua excelência.

Durante o zazen é comum aparecer esses estados inferiores, não devemos rechaçá-los nem os alimentar, pois uma e outra ação, não passam de mais um desejo, assim fazendo estaremos alimentando a fera para matá-la de fome.

Os trovões, os raios e as tempestades, são a obscuridade mental, a falta de sabedoria a falta de discernimento. A mente sem direção contaminada pela ignorância, pelos apegos, pelos desejos de satisfação rápida é rapidamente capturada e levada de roldão na tempestade, assolada por furações e amedrontada pelos raios e trovões.

Se nos concentramos no som do sutra, ou no suave ritmo das águas correndo de um riacho, ou no sublime som do vento passando entre os ramos de uma árvore, conseguimos soltar a mente da prisão do ego. Sem estar aprisionado, nenhum temor nos assaltará

Diz o verso:
"No vasto céu não existem nuvens,
No pé da montanha feras e tempestades."

Esses são os últimos acidentes relatados no sutra, com a frase: Pensar no poder de Kannon (Nenpi Kannon Riki), terminam as doze dificuldades. Segue o Sutra relatando os poderes transcendentais de Kanzeon:


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