Meditação budista é usada em sala de aula.
Recentemente, o Brasil assistiu a discussões na mídia sobre a proibição ou não de se fazer orações e leitura da Bíblia em sala de aula.
A chamada Lei do "Pai Nosso” instituiu na cidade de Ilhéus, que uma oração fosse feita todos os dias antes de se iniciar as aulas. Alguns meses depois, a Justiça da Bahia suspensdu esta lei.
Curiosamente, uma outra prática espiritual não cristã tem recebido elogios.
A Escola Estadual Hiroshima, na cidade de Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, passou a usar a meditação para crianças em idade escolar.
O trabalho é desenvolvido há pouco mais de dois anos pela psiquiatra Anmal Arora.
Trata-se do projeto Meditação pela Paz, que é parte das ações da ONG Mente Viva. São 15 minutos diários de concentração e entoação de mantras, práticas budistas que, segundo a diretora da escola, Eliana Salazar dá bons resultados.
De modo geral, vem reduzindo a ansiedade e transformando o comportamento dos estudantes.
As crianças ficam mais tranquilas, afetuosas e apresentam melhoras cognitivas e comportamentais. “Depois que as sessões de meditação iniciaram, até as brincadeiras na hora do intervalo tornaram-se diferentes.
O futebol do recreio nunca mais foi o mesmo”, afirma Eliana.
A doutora Anmal nasceu na Índia e foi seu pai quem trouxe esse projeto para o Brasil.
Formada em Medicina e especializada em Psiquiatria, a indiana alia práticas como a ioga a técnicas de autoconhecimento.
Ela enfatiza a importância de capacitar os educadores.
“Ensinamos os professores a trabalhar a meditação em sala de aula, pois são eles quem estão presentes no dia a dia da escola. Se o professor está mais tranquilo, confiante, otimista, ele reclama menos e faz mais, e também vai levar isso para sua turma”, afirma.
Esse trabalho é uma adaptação de projeto similar realizado nos Estados Unidos, em cidades com alta criminalidade. Anmal explica que um estudo feito em Washington acompanhou a aplicado dessas técnicas em oito mil crianças, durante oito semanas e verificou 25% de redução da violência.
A diretora da escola gaúcha afirma que a meditação deixa os níveis de ansiedade dos alunos reduzidos, e por isso eles estão brigando menos.
Atualmente, os seus efeitos são acompanhados pela pesquisadora em neuropsicologia Rochele Paz Fonseca, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/meditacao-budista-e-usada-em-sala-de-aula/#ixzz1uJBRcTOV
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