Saudações:

Em homenagem e reverência profunda à minha Mestra de Ordenação e Treinamento, Venerável Shingetsu Coen Osho.
Que seu Corpo-Dharma, seja como um diamante inquebrantável.
Que tenha próspera longevidade e saúde ilimitada.
Que nenhum mal a atinja.
Que todos os seus esforços sejam recompensados.

sábado, 31 de dezembro de 2011


Parte 16.

Por fim, a um nível mais sutil ainda, podemos dizer que cada um dos nossos pensamentos e das nossas reações, pertence a um dos seis mundos.

A cosmologia budista declara que o universo atravessa continuadamente várias etapas, cada uma dessas etapas possui um ciclo de nascimento, desenvolvimento e declínio que dura bilhões de anos. Em cada etapa de nascimento e desenvolvimento existem os seis reinos. O último nível - o reino dos infernos é o mais baixo e desprezível reino. A concepção do inferno budista é diferente da concepção cristã, na medida em que o inferno não é um lugar de permanência eterna nem o renascimento nesse local é o resultado de um castigo divino; os seres que habitam no inferno libertam-se dele assim que o mau karma que os conduziu ali se esgota.

Acima do reino dos infernos encontra-se o dos espíritos ávidos ou fantasmas famintos, que sentem constantemente sede ou fome sem nunca terem estas necessidades saciadas, dizem os sutras que os seres desse nível possuem um estômago enorme e uma boca minúscula.
O quarto reino é o dos animais. Apesar de ser um reino com maiores possibilidades que os outros dois abaixo dele, ainda possuem muito sofrimento, basta ver como sofrem os animais, apesar de alguns deles, por herança kármica terem uma vida bastante tranqüila. O mundo animal é dominado pelo torpor e pela falta de iniciativa, pela ausência de sentido de humor e de inteligência criativa. Quanto à libertação definitiva do sofrimento, um animal não tem essa capacidade, nem possui os meios de desenvolvê-la.

O terceiro reino é o dos seres humanos. É considerado como um reino de nascimento desejável, mas também difícil. A vida enquanto humano é vista como uma via intermédia nesta cosmologia, sendo caracterizado pela alternância das alegrias e dos sofrimentos, o que de acordo com a perspectiva budista favorece a tomada de consciência.

O reino seguinte é o dos Titãs ou dos Semi-Deuses. Os seus habitantes ali nasceram em resultado de ações positivas realizadas com um pequeno sentimento de inveja e competição, por isso vivem eventualmente entram em atrito uns com os outros e com os deuses.

O último reino é o dos deuses, é composto por vários níveis ou residências. Nos níveis mais baixos vivem os seres que devido à prática de bom karma levam uma vida harmoniosa. Os níveis situados mais acima são chamados de "Residências Puras", sendo habitadas pelos seres que se encontram perto de atingir a iluminação e não voltarão a renascer como humanos.

O Sutra em questão diz que todos esses estados negativos da existência serão terminados, bastando que se produza através do corpo (pela ação correta), da boca (pelas palavras que não causam dano) e do pensamento (pela mente vigilante e tranqüila) os méritos necessários.


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